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Na verdade, não tô não. Cara... Amanhã é o último primeiro dia de aula das nossas vidas.
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Socorro.
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Bom, freakouts à parte... Hoje o post vai ser bem aleatoriozinho, quero comentar algumas coisas que tão vindo à cabeça só agora, mas quero falar. Se não gosta de posts aleatórios, já não devia gostar desse blog só pelo título, oui?
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Sei lá, gente, tô nervosa. Por um lado é muito bom que a escola esteja acabando... Não aguento mais estudar História, Geografia e Física, matérias que eu odeio profundamente. Não aguento mais lidar com algumas pessoas - dessa vez não é indireta; é desabafo mesmo - e essas pessoas também não me aguentam mais. Tem muita história inacabada nesse colégio que eu sei que eu não vou conseguir acabar propriamente, então só o que acontece é que vai frustrando mais. Não aguento mais alguns professores. Não aguento mais essa pressão - que é perfeitamente normal pra época de vestibular, mas que enche o saco anyway - e esse medo enorme de não conseguir entrar na Unifesp.
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Por outro lado... Esses são os últimos seis meses em que a gente pode se dar ao luxo de ainda ser adolescente, às vezes criança. Porque saiu daqui? Começou a vida de verdade. Começa autonomia, independência, e muita responsabilidade que eu não sei se tenho. E outra... Essa escola é minha casa! Eu já mudei muito de escola; essa é a quinta, e a única em que eu realmente me enturmei. Tenho tanta história lá que nem consigo lembrar de todas. Entrei quando era uma menininha de 12 anos, ainda emo, fã de Simple Plan (!!!) e Eminem, que chorava por qualquer coisa e era só uma antissocial metida a grande coisa. Cresci muito. Não cresci nem metade do que deveria, fato, mas cresci. Fiz amizades que duraram cinco anos, cada vez mais fortes. Amizades que eu perdi pra brigas bobas. Amizades que se dissolveram um pouco mas continuam aí. Amizades de dois segundos que pareciam duas décadas. Amizades que eu perdi por motivos pertinentes, e que ainda tenho uma esperancinha - embora mínima - de recuperar. Aprendi a ser responsável e cuidar do que é meu. Aprendi muita coisa. Me apaixonei duas vezes. Tive alguma coisa meio indefinida com dois amigos, um dos quais ainda é um dos meus melhores amigos até hoje. Fiz muita coisa que nunca achei que faria. Me diverti mais do que nunca. Eu poderia continuar falando, mas acho que se alguém lê isso, já está entediado o suficiente... Bottom line: eu tô morrendo de medo de acabar a escola.
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Eu tenho algumas qualidades, mas lidar bem com mudanças definitivamente não é uma delas. Surto facilmente e gosto de me apegar ao que tenho. Mas também sei que dessa vez não sou só eu que vou embora; é todo mundo, cada um em direção a um futuro diferente. E não tem escapatória. Ou eu vou, ou vou, e pronto! Aiai. Sei também que os amigos verdadeiros vão continuar comigo e o caramba, mas esses são poucos, e quem disse que eu quero que os outros vão embora? Não quero! Tem gente que sabe muita coisa da minha vida - e já me revelou umas coisas bem tenebrosas também - e que hoje em dia fala comigo todos os dias, ri comigo todo dia e divide tudo, e daqui a uns dois anos pode não estar nem falando comigo! Não por nada, não por briguinhas idiotas, mas por essas coisas da vida mesmo. Things happen, people change... Nunca gostei disso. OK, às vezes a mudança é pra melhor. Mas às vezes não. E não tem como saber até mudar.
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Mas é claro que eu tenho uma perspectiva bem otimista à frente. Medicina. Descobrir coisas, entender como funciona a máquina humana, depois abrir ela e consertar e fechar de novo. Lidar com Fisiologia e Química pelo resto da vida. Toda essa coisa. Fazer uma diferença na vida das pessoas. Talvez até uma descoberta importante, quem sabe? Tá aberto. Milhares de possibilidades. Thrilling!
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Bom... Desabafo over. Hoje eu acho que vou tomar remédio pra dormir, senão amanhã acordo às 5h parecendo um zumbi, e já no primeiro dia é tenso. E pra quem queria saber (
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Se vocês forem pré-vestibulandos como a surtada que vos fala, muito boa sorte :) Se não forem... Sua vez vai chegar. MUAHAHA.
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Beijos :*
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